Articulações: Da Mão, Ombro e Cotovelo ao Quadril, Joelho e Pé


O menisco é um reforço de tecido fibroso que existe em várias juntas, sendo especialmente forte no joelho. Exposto a atritos, compressões e tensões constantes e contínuas, pode ser lesado; nesse caso, precisa ser extraído. A cirurgia, muito simples, permite que a articulação logo se refaça e normalize. No entanto, poderá surgir um problema definitivo quando os ligamentos do joelho estiverem rompidos. Estes, ao contrário do menisco, não podem ser reparados e originam lesão definitiva.

Nos membros humanos, a maior parte das articulações favorece amplos movimentos: pertencem à categoria das diartroses (articulações móveis). Graças a elas, o homem pôde, ao assumir a posição ereta, manipular objetos e executar movimentos variados.

Membros Superiores:

1 . Cada costela liga-se ao esterno por meio de cartilagens. Esse tipo de articulação, no entanto, quase não propicia movimentos. No caso da primeira costela, a movimentação é nula, configurando a sinartrose.

2. Os ossos do crânio são ligados entre si por articulações fixas, chamadas suturas. Em (A), exemplo de sutura denteada; em (B), exemplos de sutura escamosa e harmônica.

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3. Existem articulações que possuem apenas uma relativa mobilidade, sendo, por isso, consideradas semimóveis. São chamadas anfiartroses e constituem-se de tecido fibrocartilaginoso. A sínfise pubiana é um exemplo típico desse tipo de articulação: durante a gravidez, ocorre a secreção de um hormônio chamado relaxina; essa
substância determina a diminuição da consistência do tecido fibroso, que então pode se relaxar.

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Cotovelo

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Articulações do Ombro

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Os movimentos amplos, executados pelos membros superiores, são comandados e orientados a partir do próprio tronco, ao qual se ligam através do ombro. Músculos especiais colaboram na movimentação e ajudam a manter a estabilidade dos grupos articulares pelos quais são responsáveis.

A clavícula une-se à omoplata e ao esterno, na articulação do ombro, e torna possíveis todos os movimentos típicos das diartroses: a clavícula sobe, abaixa, avança, retrocede e ainda faz movimentos de circundação.



Outra articulação liga o úmero – osso do braço – ao ombro propriamente dito; é uma das articulações mais móveis e permite todos os movimentos típicos de modificação da posição do membro superior em relação à linha do tronco. Os movimentos feitos na raiz do membro são muito importantes para dar à mão toda a liberdade necessária para executar suas funções de preensão.

Com esse mesmo objetivo de oferecer grande amplitude de movimentos, entra em ação um terceiro grupo articular: o do cotovelo, que liga o braço ao antebraço. Nesse grupo há articulações de dois tipos, que permitem dobrar o braço, no movimento de flexão e extensão, e que ainda são responsáveis pela rotação, que torna possível virar a palma da mão para dentro ou para fora. Para dobrar o braço, os dois ossos do antebraço movem-se como um só, no mesmo eixo.

Isso pontue o rádio é unido ao cúbito, por articulações, nas duas extremidades: junto ao cotovelo e junto ao pulso. Um quinto grupo de articulações une a mão ao antebraço: é o pulso, tecnicamente denominado articulação radio carpina. Efetua os movimentos típicos das diartroses e dá à mão toda a flexibilidade indispensável para executar suas funções.

Membros Inferiores:

Articulação do Quadril / fêmur

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O fêmur é ligado à bacia por uma articulação, na qual as duas extremidades são segmentos de esfera que combinam perfeitamente. Essa característica é responsável pela mobilidade da coxa. Em (A), está representada a cabeça do fêmur, recoberta pela cartilagem articular. Em (B), o revestimento interno da articulação, a cartilagem articular e o ligamento da cabeça do fêmur. Em (C), uma secção frontal da articulação mostra as várias formações que participam de sua constituição.

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Articulação do Joelho

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Articulações do Pé

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O homem mantém-se em pé, senta, levanta, corre etc. Para tudo isso, serve-se continuamente dos grupos de articulações dos membros inferiores.

A parte superior dos membros inferiores liga-se aos ossos da bacia (sacro e ilíacos) e é um dos pontos básicos para o homem poder ficar em pé. O fêmur – osso da coxa – articula-se com o osso ilíaco numa junta móvel que permite que a coxa se estenda, se aproxime e se afaste da linha do tronco e, ainda, que o corpo gire em torno das pernas. A cabeça do fémur funciona como um globo que gira em tomo de um eixo, que, no caso, é representado pelo próprio corpo do osso.

Ao longo da evolução do homem, a posição ereta levou a um enorme desenvolvimento da tíbia, único osso da perna que se articula com o fêmur e que praticamente sustenta o corpo.

O perônio, parceiro da tíbia no esqueleto da perna, é menos desenvolvido. Nos outros animais, os dois ossos se articulam juntos com a coxa, com igual valor.

Nos vertebrados de grande porte, como o cavalo e o elefante, o perônio, ao longo da evolução, desapareceu completamente: fundiu-se com a tíbia para formar um só osso. No homem, a tíbia é unida ao perônio nas duas extremidades e os movimentos que executa são bem reduzidos. Nos membros inferiores há ainda um último grupo articular, que liga a perna ao pé, ao qual confere mobilidade.

algumas imagens: NETTER, Frank H