A cavidade abdominal abriga importantes órgãos, como o estômago, o fígado, os intestinos e o baço. Além disso, boa parte das funções orgânicas começa ou termina no abdome.
Mas para que essas funções se realizem, é imprescindível que ocorra a circulação sanguínea. No fígado, por exemplo, a circulação favorece a desintoxicação e possibilita a destruição das bactérias que sobretudo durante a absorção dos alimentos – invadem o organismo.
Participa, além do mais, do metabolismo dos açúcares (síntese do glicogênio) e das gorduras que ficarão armazenados nesse órgão. Nos rins, é por meio do sangue que se dá a filtragem e a seleção dos produtos de excreção, realizando-se a necessária purificação, para que o sangue possa voltar a irrigar sadiamente a totalidade do organismo.
E no aparelho genital masculino é o sangue que permite a ereção do pênis, enquanto no feminino, entre outras tarefas, o sangue nutre o embrião.
A Aorta Abdominal na Cavidade Abdominal
A aorta descendente, ultrapassado o diafragma, penetra no abdome, tomando então o nome de aorta abdominal. Assegurando a circulação dessa parte do corpo, a aorta emite ramificações destinadas à irrigação dos órgãos e das paredes da cavidade abdominal. Essa porção da artéria segue paralelamente à coluna vertebral. A sua direita está a veia cava inferior, que é anteriormente recoberta pelo peritônio parietal e relaciona-se com as visaras da pane mediana do abdômen.
Da aorta abdominal originam-se os vasos parietais e os vasos viscerais. Os primeiros irrigam as paredes do abdome; os últimos destinam-se às vísceras contidas em sua cavidade. Os ramos pane-tais são representados pelas artérias diafragmáticas inferiores e pelas artérias lombares.
As primeiras originam-se da aorta, separadamente a partir de um tronco comum, ao nível da XII vértebra torácica. São conduzidas à direita e à esquerda, pela face inferior do diafragma. As artérias diafragmáticas inferiores também enviam pequenos ramos às vísceras que se encontram imediatamente abaixo do diafragma, como o esôfago, a cápsula supra-renal, o pâncreas e o ligado.
As Artérias Lombares
As artérias lombares nascem isoladas, ainda que às vezes possam se originar de um tronco comum. Em ambos os casos provêm da face posterior da aorta. São cinco pares e irrigam as paredes posterior, lateral e anterior do abdome.
Em seu percurso contraem várias anastomoses – ligações com as artérias vizinhas – com as artérias epigástricas superiores e inferiores e as intercostais inferiores, entre outras.
Os ramos viscerais são vasos destinados a irrigar todas as vísceras que estão contidas na cavidade abdominal. Eles compreendem o tronco celíaco, a mesentérica superior, as supra-renais médias, a mesentérica inferior, as renais e as genitais.
imagem: NETTER, Frank H.
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