A medula óssea é imprescindível para a sobrevivência do homem. É nela que o organismo produz praticamente todas as células do sangue.
Sem a medula dos ossos, é impossível sobreviver. É nela que o organismo produz praticamente todas as células do sangue: glóbulos vermelhos, plaquetas e a maior parte dos glóbulos brancos. As células sanguíneas têm vida curta, em relação ao tempo de vida do indivíduo. Os glóbulos vermelhos, por exemplo, “envelhecem” em cerca de 120 dias, e os brancos, em menos de uma semana. Essas células envelhecidas têm de ser substituídas por outras. E é a medula óssea que se encarrega de produzir as novas células.
O sangue dos mamíferos é reconhecido como um mero tecido conjuntivo – que mantém ligados os demais tecidos do corpo. Mas é diferente, porque é líquido e porque suas células não estão agrupadas e nem ordenadas, como acontece nos músculos; estão soltas no grande volume líquido formado pelo plasma sanguíneo. Sendo elementos “suspensos” no plasma, as células sanguíneas são independentes entre si.
O homem adulto tem aproximadamente 5 litros de sangue em circulação. Em cada centímetro cúbico desse sangue existem cerca de 4,5 milhões de glóbulos vermelhos, 6 mil glóbulos brancos e 300 mil plaquetas. Isso significa um total aproximado de 22,5 bilhões de glóbulos vermelhos, 30 milhões de glóbulos brancos e 1,5 bilhão de plaquetas.
Esses componentes do sangue são renovados continuamente e a medula óssea é que se encarrega dessa renovação. Permanentemente há células morrendo, sendo eliminadas e substituídas por novas células, sempre em condições normais.
Medula Óssea Vermelha e Amarela
A rigor, a medula óssea amarela já não produz células sanguíneas nos indivíduos adultos. Essa função fica restrita apenas a alguns ossos que apresentam medula vermelha. Nos recém-nascidos, a maioria dos ossos é preenchida por grande quantidade de medula vermelha, a única estrutura capaz de produzir células sanguíneas.
A coloração vermelha deve-se ao elevado número de glóbulos vermelhos em formação no local. Com a passagem dos anos, a maior parte da medula vai perdendo sua função. Torna-se gordurosa e amarelada, recebendo então o nome de medula amarela.
No homem adulto, apenas alguns ossos continuam exercendo essa importante função: as costelas, o corpo das vértebras, as partes esponjosas de alguns ossos curtos e das extremidades dos ossos longos (membros superiores e inferiores), bem como o interior dos ossos do crânio (díploe) e do esterno (osso central do peito).
É do esterno que se retiram amostras da medula vermelha, quando há necessidade de examiná-la ao microscópio (mielograma), com o uso de uma agulha especial e uma seringa comum de injeção. O processo é praticamente indolor e o exame pode ser feito no próprio laboratório.
Todos os outros ossos do esqueleto do adulto possuem medula amarela e, portanto, em condições normais, são incapazes de produzir as células sanguíneas. Mas quando o organismo apresenta grande necessidade de células sanguíneas – como no caso de uma anemia intensa -, a medula amarela reassume suas funções e volta a produzir glóbulos vermelhos.
Célula reticular primitiva
No início da vida fetal, as células sanguíneas não são produzidas pela medula vermelha, mas sim pelo figado. Nos adultos, em condições muito especiais, esse órgão também pode reassumir a função e colaborar com a medula no fornecimento dos glóbulos e das plaquetas.
Os tecidos capazes de fabricar células sanguíneas – chamados tecidos hematopoéticos – são todos originários de um único tipo de célula, a célula reticular primitiva. Sua denominação deve-se ao fato de estar mais ou menos ligada às fibras reticulares do tecido conjuntivo existente na medula óssea.
Fases da produção do sangue
Sozinha, a célula reticular primitiva dá origem a todas as outras células existentes no sangue. Numa primeira fase, cria os glóbulos vermelhos, ou hemácias, ou, ainda, eritrócitos; na segunda, dá origem aos cinco tipos diferentes de glóbulos brancos: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, linfócitos e monócitos.
Numa terceira fase, produz as plaquetas, que não são células verdadeiras, mas simples partículas de protoplasma sem núcleo.
Produção de células reticuloendoteliais
A célula reticular primitiva, que pode ser considerada a matriz de todas as células sanguíneas, possui ainda uma outra função: produz um quarto tipo de célula, chamada reticuloendotelial.
As células reticuloendoteliais localizam-se em vários pontos estratégicos do organismo, tais como medula óssea, fígado, gânglios linfáticos (pequenas dilatações do sistema linfático, que filtram a linfa), e concentram-se no baço, em número elevado. Encarregam-se de remover da circulação sanguínea e linfática todas as partículas indesejáveis, inclusive as células sanguíneas mortas.
As células reticuloendoteliais eliminam plaquetas, glóbulos vermelhos e glóbulos brancos envelhecidos, livrando o organismo de sua presença, já inútil.
Dentro das Células
A queima de ácidos graxos pelas células do organismo é feita no interior das mitocôndrias, formações especiais do citoplasma (substância que forma quase todo o interior da célula).
Elas funcionam como centrais celulares de energia, e produzem quantidades dosadas de calorias necessárias para o funcionamento de toda a célula. O metabolismo das gorduras no corpo, ou seja, a queima de gorduras, nada mais é do que a soma da ação das mitocôndrias de todas as células do corpo.
As mitocôndrias incumbem-se também de queimar os hidratos de carbono (açúcares) e, na falta desse combustível e de gorduras, queimam as próprias proteínas.
A energia produzida pelas mitocôndrias, ao queimar os ácidos graxos, não é libertada subitamente. À medida que vai sendo produzida, é armazenada em acumuladores especiais, moléculas formadas no processo e denominadas ATP.
A queima de ácidos graxos nas mitocôndrias é efetuada por um conjunto de várias reações em cadeia, denominado ciclo de Krebs. Nele, a matéria-prima pode ser gordura, hidrato de carbono ou proteína. Seja qual for o combustível, os resíduos serão os mesmos: gás carbônico e água.
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