Pertencentes ao sistema reprodutor feminino, as chamadas trompas de Falópio possuem diversas funções e contribuem para que vários processos no corpo da mulher sejam realizados da maneira adequada.
O que são as trompas de Falópio?
Também chamadas de tubas uterinas, as trompas de Falópio consistem em dois tubos que se contraem (toda mulher possui duas trompas de Falópio). Com medida em torno de 10 cm cada, essas trompas se estendem do ângulo súpero-lateral do útero para as laterais da pelve. Outra característica dessas trompas é que elas são subdivididas em 4 partes:
1) Uterina
Trata-se da região intramural, que está inserida na parede do útero. Na última porção dessa região, existe a conexão da tuba com o útero por meio do óstio uterino da tuba.
2) Istmo
Consiste na região do meio da tuba, que devido às suas características anatômicas, sofre um estreitamento e faz a continuação da ampola para o caminho até o corpo do útero.
3) Ampola
Essa parte está localizada entre o infundíbulo e o istmo, sendo considerada a parte mais longa (e mais importante) da trompa de Falópio. É justamente na região da ampola que acontece a fecundação.
4) Infundíbulo
É uma região que fica mais na lateral na tuba uterina, onde ocorre uma abertura de comunicação da tuba com a cavidade peritoneal.
Função: para que serve as Trompas de Falópio?
A função das trompas de Falópio é oferecer um caminho seguro para o transporte do óvulo entre o ovário e o útero, ligando essas importantes regiões do sistema reprodutor feminino. É por esse motivo que as trompas são consideradas órgãos especializados no processo de carregamento do óvulo.
Todo processo feito por essas trompas é possível graças às contrações musculares ocorridas na camada intermediária e também aos fluidos de lubrificação e cílios internos.
É também no interior das trompas de Falópio que a fecundação ocorre que, como já vimos, acontece na região da ampola. A fecundação ocorre porque as trompas são responsáveis por fornecerem os nutrientes essenciais ao óvulo.
Características das trompas
As trompas de Falópio têm origem na região superior do útero e seguem em direção aos ovários, local onde se abrem na porção lateral da cavidade peritonial (inserido na cavidade abdominal).
As trompas possuem enervações provenientes do sistema simpático e também do parassimpático. No que se refere aos nervos do sistema simpático, eles são liberados a partir dos segmentos da espinha dorsal. Já os nervos relacionados ao sistema parassimpático chegam às trompas por meio de nervos que já estão situados na região pélvica.
Histologia das trompas de Falópio
Cada trompa de Falópio possui uma estrutura que é composta por 3 camadas:
1) Mucosa
A mucosa é presente sobretudo na região dos ovários, sendo formada por variados tipos de células que são organizadas em uma única camada epitelial.
O desenvolvimento da mucosa dependente de fatores como período no qual o ciclo menstrual se encontra e movimentação dos óvulos pelas trompas.
Na mucosa há também células de secreção que favorecem a lubrificação para a passagem do óvulo até as trompas.
2) Musculatura
A estrutura da musculatura das trompas é organizada em duas camadas (interna e externa), sendo responsável pelas contrações necessárias para a propulsão do óvulo.
3) Serosa
A serosa é a camada mais externa das trompas, possuindo estrutura semelhante a uma lâmina, estrutura essa que recobre vários órgãos do corpo humano.
Principais problemas que afetam as trompas
Hidrossalpinge: Trata-se de um problema caracterizado pelo acúmulo de líquido na trompa, sendo causado principalmente por infecções ginecológicas não tratadas adequadamente no passado, podendo causar dores pélvicas e infertilidade.
Inflamações: São provocadas devido ao acúmulo anormal de bactérias perigosas à saúde das trompas ou a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Bloqueio das trompas
Quando as trompas apresentam bloqueio, isso evita que os espermatozoides cheguem ao óvulo, causando problemas relacionados à fertilidade feminina.
Entre as principais causas desse bloqueio, estão: infecção de clamídia (doença sexualmente transmissível) não identificada e tratada de maneira adequada, presença de miomas (tumor benigno que se desenvolve no útero) e endometriose (crescimento anormal de tecido fora do revestimento uterino).
Os problemas que afetam as trompas de Falópio estão entre as principais causas da dificuldade para engravidar ou até mesmo de quadros irreversíveis de infertilidade. Para averiguar a saúde desse órgão, o mais recomendável é a realização de exames de ultrassonografia.